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O Futebol Clube do Porto sagrou-se campeão da época 2005/2006 no passado Sábado. Infelizmente não consegui acompanhar a grande festa pelas ruas do Porto mas fiquem sabendo que esta foi uma notícia de destaque no telejornal de um canal brasileiro. Quem merece... merece!
Também eu fui uma grande crítica de Co Adrianse ao longo desta época e, apesar de termos conseguido ganhar o campeonato, não retiro uma vírgula de tudo o que fui dizendo ao longo destes meses. No entanto, também não seria justo agora não reconhecer o seu mérito. Aqui ficam os Parabéns e agradecimentos a todos os que mais uma vez conseguiram proporcionar aos adeptos portistas mais uma enorme euforia… Não somos Grandes… somos Enormes! Um agradecimento muito especial a Jorge Nuno Pinto da Costa, quem me dera que pudesse liderar-nos desta forma durante mais 24 anos…

“O triunfo do F.C. Porto em Penafiel espalhou a euforia pelos portistas. O clube alcançou o 21º título do seu historial e provou que continua a ser o melhor emblema português. A festa do campeonato foi antecipada um par de jornadas e manter-se-á bem viva durante vários dias. Os tons azul e branco andam pelo ar e animam cânticos de vitória. «O Porto está na rua».”

“A festa está lançada! O F.C. Porto venceu em Penafiel e antecipou o desfecho do campeonato, encerrando uma caminhada fulgurante, somando o 21º título de campeão ao palmarés do clube e consentindo aos seus seguidores mais um festejo efusivo. O Dragão confirmou que é a melhor equipa portuguesa e provou que esteve sempre no rumo certo. As emoções estão à solta. E são merecidas”

Foi Fantástico… Prefiro começar assim em vez da forma tradicional “passou tão depressa”. Não foi melhor do que tava à espera simplesmente pq já esperava q fossem 9 dias maravilhosos. Desde Segunda-feira que já queria ter passado por aqui mas o cansaço apoderou-se da minha pessoa…

Poderia resumir a semana em várias palavras sem qualquer interligação… sol, piscina, praia, compras, forró, voleibol, nódoas negras, melgas… mas duas marcaram a semana… bacoradas e muitas, muitas gargalhadas…

A chegada
Aterramos, no Domingo de Páscoa, no aeroporto de Recife às 18h15 do fuso horário correspondente mas que mais pareciam as 22h15 que os relógios marcavam em Portugal. “Anoitece mesmo muito cedo” foi uma das primeiras coisas q comentámos. À priori, teríamos de aproveitar bem as manhãs!
Quando colocamos o pé em solo Brasileiro a diferença de temperatura era incrível. Os casacos foram automaticamente despidos.
Do novo aeroporto de Recife ao hotel foram 65 km percorridos por uma estrada que em nada fica atrás do que ainda se encontra em muitas vilas de Portugal. Chegadas ao hotel, a primeira impressão foi bastante positiva. O hotel tinha td o q precisávamos para ter, não só, dias de mt divertimento mas também, necessariamente, descanso.

A estadia
Nos dois primeiros dias de estadia acordei às 4h30. Será isto aproveitar bem as manhãs? Felizmente nos dias seguintes o despertar foi entardecendo. Acabamos a semana a acordar às 9h e a correr para conseguir tomar o pequeno dentro da hora limite.
A praia em frente ao hotel era zona de Surfistas. Apesar deste enorme incentivo a frequentá-la, não resistimos à forte corrente e todos os dias pela manhã fazíamos uma caminhada de 2,5 km para chegar à praia em frente à vila de Porto de Galinhas. Ainda hoje me pergunto qual a diferença entre a piscina do hotel e aquela praia. Ondas? Por mais q se procurassem era algo q n existia.
Óbvio q também n viemos embora sem q a chuva desse um ar da sua graça… Acabamos por ficar “retidas” em pleno areal debaixo de uma chuva intensa mas, felizmente, momentânea.
As melgas tornaram-se algo irritante e insuportável… Além do intenso calor, este foi o maior obstáculo em manter o bom humor. Não contei as picadelas mas retiraram-nos sangue suficiente para se alimentarem e ainda armazenarem!

Os passeios
Na segunda-feira fomos até à praia de Maracaípe. Primeiro mergulho em água de características totalmente diferentes das que encontramos em solo nacional. Mais límpida, muito mais salgada e muitíssimo mais quente.
O passeio de jangada foi o passeio mais especial… pelo bom e pelo mau… O risco de subir para uma jangada e afastar-me da costa digamos q me parecia bastante elevado. Mas o meu instinto maternal :-) obrigou-me a acompanhar as minhas amigas. Foi fantástico. Em pouco tempo estávamos a descer da jangada e a sentir os peixinhos a encontrarem as nossas pernas no caminho. Mergulhamos e demos-lhes de comer. Se forem os próximos a visitar Porto de Galinhas guardem 8 reais para irem ver o “Mapa do Brasil” em pleno Oceano Atlântico. É inesquecível!
O nosso passeio diário foi a ida às compras. Se precisarem saber onde se vende algum produto mandem um mail a qualquer uma de nós que ainda hoje vemos mentalmente as lojas das três ruas comerciais da vila. Mas não se esqueçam do protector mesmo quando vagueiam por lá pq o sol é abrasador.
Por incrível q pareça, apanhar um táxi em Porto de Galinhas pode ser sinónimo de pura adrenalina. Os automóveis de vidros escuros parecem directamente saídos da Máfia Italiana. Ainda me questiono se conhecem o código da estrada. Ultrapassagens em curvas e linhas contínuas, entradas em cruzamentos sem reduzir a velocidade, ultrapassagens pela direita… meus amigos… td se vê!

Restaurantes
Fica a referência a três locais: “Tio Dadá” onde podem comer uma picanha deliciosa e “La Créperie” onde, além de poderem provar uns crepes irrecusáveis, são servidas pelo rapaz mais giro da vila. Existe ainda outro local q recomendo vivamente onde podem beber os melhores sucos da vila (em caso de indecisão Cajá e Acerola são divinos). Infelizmente n me recordo qual o nome do sítio! Amigas vai uma ajudinha?

A Partida
Precisamente oito dias depois de chegar, abandonámos o hotel às 15h. Até à entrada no avião teríamos de percorrer novamente os 65 km até Recife. À medida que realizávamos a viagem deixávamos para trás sinais de pobreza extrema. Foi o primeiro momento em q as diferenças sociais foram comprovadas pelos nossos olhos. Mesmo já estando mentalmente preparada para esta situação, n consegui evitar aquele sentimento de injustiça e, ao mm tmp, de fazer o impossível. Pelas 20h10 o avião q nos trouxe de novo a casa levantou da pista do aeroporto. As merecidas férias terminavam da melhor forma possível. 7h35… de novo em casa…

Tentei trazer-vos um cheirinho do que vivemos nesta semanita. Agora multipliquem por 3 e poderão ver o quanto nos divertimos nesta aventura. Resta-me agradecer às amigas que me acompanharam e proporcionaram alguns dos momentos mais especiais da minha vida. Obrigado por td!

Para mim e acho que para a maioria dos seres humanos temos todos um especial fascínio pelo desconhecido, aquilo que está para além do próprio Homem.

E há um assunto, o qual falo com todo o respeito que o envolve: que é o mundo da espiritualidade, independentemente das crenças de cada um, das religiões....Será que existe mesmo vida para além da morte? Ou será mesmo que o término da vida se dá com a morte física do corpo?

Já ouvi muitas histórias...muitas delas mesmo arrepiantes...arrepiante pq simplesmente é um assunto que vai para além de nós...é algo que, pelos ideais que defendo, me faz crer que existe algo para além desta vida ...pq acredito plenamente e já por diversas vezes na minha vida presenciei situações muito estranhas, muito bizarras mesmo, situações que ainda hoje procuro justificações,

Será que estarei só eu aqui neste quarto enquanto escrevo este post? Como será, caso exista, esse mundo?

E tudo isto começa com algo que sempre que penso e falo neste assunto, causa em mim uma indisposição imensa: a morte. Porque é completamente desconhecida, incerta. Normalmente tento não pensar nisso mas quando isto dá, dá forte, acreditem que fico mesmo...pq eu sei que hoje tou aqui mas um dia todos nós sabemos que iremos partir e vai chegar essa data...mas o que é que me vai esperar?

Foram vários os testemunhos de diversas pessoas que se encontraram em estado de coma que tiveram nesta sua experiência algo em comum que se lembram: que viam uma luzinha em que caminhavam para algo, algo indiscritível...e é certo é que as explicações dadas pelos profissionais não me conveceram, de todo!

Este é, para mim, um assunto paradoxal no sentido que receio imenso falar sobre ele (evitando-o) mas ao mesmo tempo me atrai porque me é completamente desconhecido. Recordo-me até que por volta do meu 7º ano estava na "moda" o jogo da moeda e eu nunca participei porque tinha receio mas também pelo respeito que tenho por este mundo que está mais além de mim. De qualquer forma se alguém quiser deixar um testemunho de algo que tenha vivido ou presenciado...pq tb vai a favor da minha crença que existe algo mais para além desta simples passagem, no entanto grandiosa, que é a vida! ***

Todos temos aqueles dias em que acordamos mais melancólicos que o habitual. Não, não tenho sempre um acordar sorridente mas confesse hoje me senti especialmente vulnerável, especialmente… qual a melhor forma de exprimir… talvez saudosista.

Como sempre, antes de sair de casa escolhi a minha companheira da próxima hora, coloquei os auscultadores nos ouvidos e, poucos milésimos de segundo depois, a Alicia Keys acompanhava-me. Confesso que quando oiço pérolas como “If I ain't got you” me sinto transportada para uma nova dimensão. Enquanto percorria o caminho dos últimos quatro anos que sou capaz de fazer de olhos fechados, iam rodopiando na minha cabeça lembranças.

O passado deixa marcas bem vincadas dentro de nós sejam elas positivas ou negativas. Não sei se as teorias sociológicas que defendem que somos hoje o que o meio nos tornou estão ou não correctas mas que o que vivemos tem uma grande influência sobre nós é irrefutável.

O tempo passou com uma velocidade mirabolante. Parece que foi ontem que corria pelo pátio da Escola Primária a tentar apanhar os companheiros de brincadeira, que jogava às escondidas, à patela (já percebi que é um termo que só se usa no Norte porque já me constou que no Sul se chama macaca lol)… enfim… uma infinidade de coisas que pareciam inundar-me o dia de alegria. A chegada a casa, o beijo à mãe, ao pai e ao avô, um lanche sempre preparado… Já lá vão mais de 10 anos!

Depois a entrada no Básico. Lembro-me tão bem dos pulos de alegria quando acabei o quarto ano. Para terem uma noção, entrar no Básico implicava não só mudar de escola mas também deixar a pequena aldeia e partir rumo à cidade. Com 9 anos esta era a minha primeira meta atingida. Este foi talvez o melhor período da minha infância. Encontrei a melhor turma que alguma vez poderia ter encontrado, criei ligações únicas, simplesmente inesquecíveis. As coreografias, o mata e o volei (fomos campeãs inter-escolas), as viagens (supostamente de estudo)…

O 7º ano foi a última troca de escola que fui obrigada a fazer. Foi um choque… lembro-me que nos separaram a todos entre as turmas, foi como que ficar perdida no meio de pessoas que sentia não serem minhas. Mas o tempo permitiu criar novas ligações. Tive a sorte de conseguir sempre conhecer pessoas fantásticas. As aulas de educação física que tentávamos boicotar se o professor não nos deixasse jogar volei, as voltas e voltas ao jardim, os pequenos-almoços e tempos mortos no bar a discutir todos os assuntos possíveis e imagináveis, a onda na aula de matemática que nos custou uma queixa no Conselho Directivo, os alcunhas (carinhosos) com que reconhecíamos os professores (suponho que a professora de físico-química adoraria saber que era conhecida por ovelha e a de português por marilu)… posteriormente, a romaria ao café onde ficávamos mais tempo do que deveríamos, a loucura das probabilidades na véspera do teste de matemática, as escapadelas até ao rio…

Agora que estou a terminar esta etapa tudo isto me parece ainda mais especial. Acho que já estou com imensas saudades. Novas metas começam a surgir mas a seriedade com que vou começar a olhar os projectos futuros assusta-me. Tenho medo que no mercado de trabalho (principalmente no mundo da Economia) as relações que vou conseguir estabelecer não sejam tão espontâneas como foram até aqui. Que não vá encontrando Catarinas, Ritas, que não me identifique com o que vou fazer e com quem possivelmente vou trabalhar, que exijam de mim mais do que posso dar… enfim… inúmeros receios flutuam à minha volta. A única certeza que tenho é que vai ser uma nova fase e uma segunda parte do diário da minha vida…