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Ontem disputou-se mais um derby na Catedral da Luz. Apesar das coisas não nos terem corrido da melhor forma tinha de vir até ao nosso refúgio dar a minha opinião sobre o que foi o jogo…

Sinceramente, nem sei se a primeira parte merece qualquer tipo de comentário, preferia esquecer. Confesso que ao olhar para o ecrã dei por mim a questionar-me sobre se estas são duas potências representativas do futebol que se pratica em Portugal. Jogadores com esta categoria, habituados a jogar em ambientes de pressão, nada justifica o receio com que entraram em campo. Equipas completamente encaixadas, basicamente cada um à espera do erro do adversário. O Benfica nunca foi uma equipa segura. O Porto controlou até sofrer o golo que viria a resolver a partida. Na segunda parte o rumo dos acontecimentos inverteu-se, o Porto subiu sem qualquer perigo mas a equipa encarnada perdeu o medo e acabou por dominar.

Não responsabilizo o Baía. Talvez não se tivessem apercebido mas era sobre ele que recaía a maior pressão do que acontecesse durante aqueles 90 min. Provavelmente, é apenas nele que se pode justificar o receio porque não é nada fácil subir ao relvado e pensar que as oportunidades dependem do nosso desempenho na próxima hora e meia. Infelizmente, os nossos maiores receios concretizam-se e foi o que sucedeu. Mas permitam-me sobretudo enaltecer o carácter daquele que, para mim, será para sempre uma das grandes estrelas do futebol Mundial. Se alguém precisasse de provas que o Baía é um senhor pôde tê-las ontem. “Assumo a minha parte de responsabilidades…” quando a responsabilidade que lhe cabe acaba por ser menos de metade da que cabe a Co Adrianse. Apetece-me gritar: “Obrigado por tudo o que és, por tudo o que nos proporcionaste… És realmente muito grande”.

Co Adrianse é zero. Mais uma vez confirmei a opinião que tive desde o início, não é claramente treinador para um clube que ainda há 3 anos ganhava as maiores competições europeias. Mas quando é que lhe dizem que jogar com muitos avançados não é sinónimo de criatividade e muito menos de golos? Ofensivamente, embora a equipa consiga lateralizar, não cria oportunidades de golo. Estão todos ao molho na pequena área a olhar para o boneco. Desde que mudou o sistema táctico, em 7 jogos perdeu 10 pontos. Cada vez mais os jogos não se jogam apenas nas quatro linhas mas sobretudo no banco. O que é que o McCarthy esteve a fazer os 90 min em campo? Existe alguma relação de apadrinhamento entre ele e Adrianse? Ou sou eu que não percebo nada de futebol ou é mesmo ele que é um burro de quinta categoria. Koeman arriscou e ganhou nas substituições.

Uma última nota para a Comissão de Arbitragem e o sistema de nomeações dos árbitros. Já vai sendo tempo de alterar o que não funciona. João Santos e João Ferreira não são com certeza árbitros para enfrentarem um jogo deste tipo. A incompetência e incapacidade de controlar o jogo mantiveram-se do início ao fim. E mais não digo porque detesto falar de arbitragens.

A verdade é que o campeonato está novamente relançado. 2 pontos separam o Porto e o Sporting e 5 o Porto e o Benfica. Existem ainda 30 pontos para disputar e a equipa leonina que há pouco tempo atrás era considerada afastada da luta pelo título depende de si própria para festejar a vitória da I Liga. Particularmente, continuo com a esperança que a minha equipa acorde e não deixe que os meus maiores receios se concretizem…

Como os nossos colegas e assíduos visitantes do smpnaboaonda.blogspot.com, que espero sejam muitos :-), já devem ter reparado o nosso blog adoptou três novos amiguinhos.
Confesso que não percebo muito (ou mesmo nada) do modo como funcionam estas animações mas quando a Rita me falou desta ideia achei simplesmente genial. Se há algo que nós as três temos em comum é a paixão que nutrimos pelos animais em geral. Por isso, foi em uníssono o sim à proposta da Rita.
Não poderia deixar de vos apresentar os nossos novos amiguinhos… E vou começar por ordem de escolha…

A Rita escolheu o Tokinhas… O Tokinhas é o tigre mais fofinho do mundo… Para quem pouco conhece sobre os tigres aqui ficam algumas curiosidades: pertencem ao Filo Chordata, Classe Mammalia, Ordem Carnívora e Família Felidae. Apresentam um comprimento que varia de 142 a 2,60m (até à raiz da cauda) sendo que a cauda pode ter mais 1 m, 90 a 100cm de altura e 130 a 320Kg de peso. Por mais que vos custe a acreditar o período de gestação pode ir de 100 a 108 dias! O habitat original do tigre foi a Sibéria. Têm um tempo de vida médio de 20 anos sendo que em geral os machos vivem menos anos que as fêmeas :-). Existem várias espécies, infelizmente algumas ameaçadas: O tigre-de-bengala, o tigre do Cáspio (já extinto), o tigre da China (ameaçado), o tigre da Sibéria (ameaçado), tigre da Sumatra (ameaçado), tigre-branco.

Eu escolhi o Pipas… E porquê um pinguim? Cris, não te convenças que não foi em tua homenagem :-), mas porque o achei tão fofinho que não resisti. E porquê azul? Porque o meu pipas é especial… e claro já vestiu as cores do Futebol Clube do Porto (votem, e votem bem na sondagem :-)). Mais umas curiosidadezitas: pertencem ao Filo Chordata, classe Aves e família Spheniscidae. Apresentam um comprimento até 60 cm e um período de incubação não muito longo, ficando-se pelos 35 dias. Uma curiosidade muito especial é que apesar de serem aves, os pinguins não sabem voar.

A Cat1ta apaixonou-se pelo Roger… O Roger pula imenso e farta-se de comer cenourinhas… adora que lhe dêem comida à boca ao contrário do Pipas que a apanha os peixitos com um simples clique. Pertencem à ordem Bagomorpha. Reproduzem o ano todo, mas a fase mais fértil ocorre na primavera sendo que o período de gestação é 30 dias. Chegaram primeiro ao continente europeu os coelhos selvagens pelas mãos dos espanhóis vindos do norte de África. Ao longo dos séculos as características domésticas foram sendo apuradas sendo que actualmente existem mais de 50 raças domésticas.

Espero que se apaixonem tanto por eles como nós nos apaixonamos! E lembrem-se: se não podem ter animais de estimação fiquem como nós pelos virtuais. Se não lhes podem proporcionar o ambiente que eles merecem não serão capazes de assumir esta enorme responsabilidade. Um animal é muito mais que um Ser Vivo, é sobretudo um amigo.

Durante esta curta semana de descanso aproveitei para fazer algo que particularmente me agrada mas que infelizmente não faço regularmente. Fui ao cinema… A vida de estudante, pelo menos da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, não nos permite ter muito tempo livre e, por outro lado, ir ao cinema periodicamente tornou-se bastante dispendioso mesmo com o desconto de que usufruímos nas bilheteiras. Foi em dose dupla… esta semana sentei-me duas vezes em frente ao ecrã da sala da Lusomundo do Almada Fórum primeiro para assistir a “Match Point” e depois a “Munich”.

Aproveitei a onda e decidi trazer até ao blog as sinopses dos filmes nomeados para os Oscars 2006, aquela noite imperdível para os cinéfilos que vão estar de olhos bem abertos na noite de 5 para 6 de Março.

Aclama a crítica que o grande favorito para levantar o maior número de estatuetas é “O Segredo de Brokeback Mountain”, de Ang Lee nomeado em oito categorias. “Wyoming, 1963. Ennis Del Mar e Jack Twist conhecem-se quando procuram emprego no rancho de Joe Aguirre. Ambos parecem ter certezas quanto ao que querem da vida – um emprego estável, um casamento feliz e uma família constituída.Quando Aguirre destaca Ennis e Jack para trabalharem na remota região de Brokeback Mountain, os dois jovens sentem-se unidos por uma força maior que resulta numa relação de camaradagem e intimidade profunda.” Ang Lee retrata deste modo o ainda taboo da homossexualidade.
A lista de nomeados para melhor filme prossegue com “Capote”, de Bennett Miller. “Cinebiografia do escritor Truman Capote. O filme foca principalmente o período em que fez reportagens para seu livro mais marcante, A Sangue Frio, sobre o assassinato de uma família de Kansas, cometido por uma dupla de forasteiros. Nesse período, o escritor desenvolveu uma estreita relação com Perry Smith, um dos assassinos.”
“Crash”, de Paul Haggis já estreado em 2005 é outra das possíveis escolhas. Pessoalmente adorei o filme que aborda “o taboo do racismo e da xenofobia em plena Califórnia, parte dela construída pelo suor dos emigrantes. As mentalidades parecem revelar-se com intensidade quando confrontos fortuitos acontecem: assaltos, assédio sexual, problemas de comunicação, incompreensão, desastres automóveis. As situações desencadeiam-se à velocidade da luz, em que as coincidências jorram como verdades suspensas, esperando expectantes pelo momento ideal em que irão mudar um conjunto inumerável de vidas. Paul Haggis constrói este teatro de simultaneidades improváveis, unindo numa única linha narrativa uma quantidade de pessoas que nada parecem ter em comum.”
Segue-se “Good Night, and Good Luck”, que marca a estreia em realização de George Clooney. “Em pleno macarthismo, o âncora de TV Edward R. Morrow e sua equipe de repórteres desafiam os poderes estabelecidos apenas por lutarem para apresentar os dois lados da questão. Morrow revela as mentiras e as táticas usadas pelo senador Joseph McCarthy em sua “caça às bruxas” contra supostos comunistas. Um grande confronto público se desenvolve a partir do momento em que McCarthy, ao invés de usar o direito de resposta oferecido por Morrow, procura intimidá-lo, acusando-o de também ser comunista. O conflito ocorre nos anos 1950, quando a televisão estava em seu início e os jornalistas da CBS, em início de carreira, não tinham ainda a força que adquiririam nos anos seguintes. Ainda assim, a rede de televisão manteve o programa no ar enquanto pôde.”
“Munich”, de Steven Spielberg fica também na retina. “4 de Setembro de 1972. Em plena aldeia olímpica onze membros da comitiva israelita são feitos reféns no seu quarto pelo grupo terrorista palestiniano Setembro Negro. Menos de vinte e quatro horas depois, todos os reféns foram brutalmente assassinados e os terroristas que os mantinham cativos acabam também por sucumbir à polícia alemã, à excepção de três dos intervenientes. Foi considerado o primeiro grande ataque terrorista dos nossos tempos e as suas consequências mudaram, literalmente, o mundo. Mais de trinta anos depois chega-nos a adaptação em cinema do relato em primeira mão de um dos agentes secretos da Mossad, Juval Aviv que com a sua equipa foi encarregado pelo governo israelita de encontrar e exterminar os terroristas palestinianos sobreviventes, escondidos em diversas cidades europeias, numa operação secreta não reconhecida oficialmente (ou por quaisquer outros meios) por Israel.”

Será um destes cinco realizadores que receberá este ano a estatueta mais desejada do mundo do cinema. Ainda me falta assistir a três dos filmes mas confesso que escolher entre os dois a que já assisti é extraordinariamente complicado. Quanto a vocês… façam as vossas apostas…